Desde agosto, quando começou a investigar ataques racistas ocorridos dentro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), uma das linhas de investigação da Polícia Federal (PF) é que os crimes foram praticados por um mesmo grupo ou pessoa.
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Sem detalhar como chegou a essa conclusão para não atrapalhar a investigação, a assessoria de imprensa da Polícia Federal confirma que já ouviu vários alunos e professores e, agora, aguarda documentos solicitados à reitoria da UFSM pelo Ministério Público Federal para que sejam dados os próximos passos na identificação dos criminosos.
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O último ataque contra alunos negros ocorreu na tarde desta terça-feira. Diferentemente dos casos anteriores (de agosto e setembro), desta vez o crime ocorreu no diretório acadêmico das Ciências Sociais, no campus. Os outros dois casos ocorreram no Diretório Livre do Direito.
VEJA OS CASOS:
1º caso: Diretório Acadêmico do Direito, antiga reitoria, 17 de agosto de 2017

2º caso - Diretório Acadêmico do Direito, antiga reitoria, 14 de setembro de 2017

3º caso - Diretório Acadêmico das Ciências Sociais, 21 de novembro de 2017

REPERCUSSÃO
Na manhã desta quarta-feira, o Diário conversou com uma aluna negra que relatou como foi a descoberta e o registro de ocorrência. Apesar de não ter seu nome escrito na pichação, ela disse que se sente "totalmente desrespeitada" e criticou a atuação da direção da UFSM frente aos casos de racismo . Confira o relato da aluna aqui.
O Diário conversou com o reitor da UFSM, Paulo Burmann, que reiterou que este é um ato racista e covarde e não se trata de uma ação isolada. Ele afirmou que entende o sentimento de medo dos alunos e que a UFSM está tomando todas as providências, via comissão de sindicância e ouvidoria, para identificar os autores das frase. Confira o que o reitor disse aqui.